2018: o ano do vídeo na publicidade mobile
Artigo • 18 de Abril de 2018
(*) Por Alberto Pardo
Aperte
o play! 2018 já está a todo vapor e se existe uma certeza é a de que o vídeo
será o grande “rockstar” da publicidade mobile nos próximos anos. Segundo dados
da Magna, este é o formato que mais crescerá em 2018 na América Latina, com
acréscimo de 33% em investimentos. Outro dado relevante e que justifica essa
aposta é que o consumo de vídeo em dispositivos móveis já supera as
visualizações em desktop.
Uma
estimativa da companhia de telecomunicações Ericsson revela a tendência de
explosão no consumo de vídeo nos próximos anos. De acordo com o estudo, o
tráfego de dados mobile de vídeo deve aumentar para 110 exabytes por mês até
2023, número oito vezes maior do que os 14 exabytes de 2017.
Ao
levarmos em consideração esses dados é preciso que as estratégias de
comunicação das marcas sejam orientadas por tais fatores e evoluam do formato
display para as possibilidades existentes em vídeo. Será necessário pensar
também não apenas no formato, mas na distribuição in-app como prioridade,
especialmente por conta dos avanços dos bloqueadores de anúncios em mobile web,
como o anunciado em fevereiro pelo Google Chrome.
Para
o mercado brasileiro, a publicidade in-app merece ainda maior atenção por conta
dos hábitos dos usuários, além do forte ecossistema de aplicativos presente no
País. Dados da pesquisa The Global Mobile Report, realizada pela comScore, mostram que o
brasileiro passa 95% do tempo em dispositivos móveis nos dez principais
aplicativos do usuário. Outro fator interessante é que o tempo não é gasto
apenas nos apps de troca de mensagens. Tem crescido substancialmente a
preferência por aplicativos da categoria de viagens, por exemplo, e de serviços
de maneira em geral.
Se
por um lado as marcas devem ter este olhar focado na publicidade mobile em
vídeo e in-app, por outro, as soluções deste segmento devem acompanhar essa
necessidade. A boa notícia é que isso já está acontecendo. Hoje, não há
justificativa para anúncios em vídeo que não estejam em HD full screen ou que
se reproduzam com falhas e buffering no carregamento.
Além
da qualidade técnica do vídeo, as soluções disponíveis permitem uma infinidade
de alternativas de interações com o usuário durante e após a conclusão do
conteúdo. É possível exercer a criatividade sem limitações! Em campanha
recente, uma marca de desodorante, por exemplo, simulava a tela do dispositivo
móvel embaçando, permitindo ao usuário limpá-la com o próprio dedo. O vídeo
deixa de ser um simples anúncio e se torna um micro site com diversas
possiblidades de conversão e caminhos para direcionar o usuário, seja para um
download, visita a um site, agendamento de um test-drive, entre outras
variáveis. O mercado também está amparado com soluções que contemplam
ferramentas integradas de viewability e brand safety, que estão na pauta do dia
dos anunciantes.
Sem
dúvida, 2018 promete ser um excelente ano para aqueles que explorarem a
combinação entre o uso adequado de dados e tecnologias com a criatividade na
produção de campanhas focadas em publicidade em vídeo para dispositivos móveis.
(*) Alberto Pardo é CEO e fundador da Adsmovil
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